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Especial Ano Olímpico – Carlo Labbé


Nome: Carlo Vito Fornari Labbé Empunhadura: Clássico Equipe: GUSCH

1- Quando começou a prática do tênis de mesa? Por qual motivo?

Acredito que por volta de 2005 comecei a jogar "ping-pong" nos intervalos da escola com meus colegas, se errasse três vezes tinha que sair e dar a vez para o próximo colega. Alguns dos meus colegas treinavam com o Jorge no Colégio São José e por isso eram muito melhores que o restante, especialmente eu que era o pior da turma. Um desses colegas que treinavam tinha uma mesa em casa e nos finais de semana jogávamos algumas partidas, e com passos tímidos comecei a melhorar. Lembro de convidar meus colegas para realizar "mini-torneios" na minha casa, mas como eu não tinha uma mesa, utilizávamos uma mesa de churrasco feita com três tábuas totalmente desalinhadas e dois potes de sorvete que serviam de suporte para um cabo de vassoura que simulava uma rede. Em 2007 eu pedi para minha mãe me levar em uma aula experimental no São José, porém na época eu fazia vários esportes e ela achou melhor eu não adicionar mais um para minha lista. Dois anos depois eu praticava apenas futsal e estava desapontado com meu time que não jogava com a vontade necessária para ganhar os torneios e isso afetava diretamente meu desempenho. Sempre tive o desejo de dominar alguma técnica seja ela de qual área fosse, tive a impressão de que conseguiria atingir essa meta no tênis de mesa. No mesmo dia que abandonei a escolinha de futsal, iniciei meus treinos de tênis de mesa com o Jorge. E foi assim que em outubro de 2009, com 13 anos de idade, me tornei um mesatenista.

2- Qual o campeonato mais marcante na tua carreira?

Na verdade tenho dois campeonatos muito marcantes, Campeonato Brasileiro de 2011 realizado em Fortaleza e uma etapa da Copa Brasil realizada na cidade de Concórdia. Escolhi esses torneios não por causa do meu desempenho, mas porque tive a ajuda de duas pessoas para chegar lá. Em Fortaleza o Jorge Fanck arcou com meus custos da viagem e em Concórdia foi a vez do João Irigoyen fazer o mesmo. Nas duas ocasiões, apesar de estar envergonhado, fiquei muito feliz e grato pelos dois acharem que eu merecia esse tipo de investimento. Essas duas ocasiões estreitaram ainda mais minha ligação com o tênis de mesa e sem elas eu certamente teria me distanciado um pouco do esporte para me dedicar a outras atividades. Apesar da pergunta ser direcionada ao campeonato mais marcante, não poderia deixar de citar o Paulo Tanaka que me ajudou ano passado com a taxa de transferência, assim pude voltar a ser um atleta federado pelo Rio Grande do Sul e competir nos campeonatos organizados pela federação gaúcha.

3- Quem é o teu ídolo no mundo dos esportes?

O Vanderlei Cordeiro de Lima é definitivamente o maior exemplo de atleta que tenho, fiquei muito impressionado quando olhei as imagens da prova em que ele foi segurado pelo ex-padre irlandês nos quilômetros finais da maratona. Isso fez com que ele fosse ultrapassado pelos outros competidores e perdesse a primeira colocação, mesmo assim ele fez a corrida do "aviãozinho" e cruzou a linha de chegada com um sorriso no rosto. Fiquei muito feliz que ele tenha sido o escolhido para acender a pira olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos do Rio de Janeiro.

4- Comente sobre uma edição dos Jogos Olímpicos que foi inesquecível para ti.

As Olimpíadas do Rio com certeza foram as mais inesquecíveis, por serem as primeiras que estou de fato acompanhando e por ter visto o Hugo Calderano chegando até as oitavas-de-finais tornando-se o número 31 do mundo. Um grande marco para o tênis de mesa nacional.

5- Tens um sonho ou objetivo relacionado ao tênis de mesa?

Essa foi a primeira pergunta feita pelo meu técnico em SP, Paulo Camargo, quando falei com ele pela primeira vez. Minha resposta foi: Quero ser o melhor mesatenista da história. Uma meta nada modesta e como muitos podem perceber, estou um pouco longe desse feito. Mas falando sério, treinar um ano em Piracicaba-SP em alto rendimento foi um sonho realizado, oportunidade que poucos tiveram ou terão. Atualmente quero ver o TM Gaúcho crescer e formar atletas de alto nível, e espero que minha bagagem acumulada ao longo dos anos de prática possam ser de alguma serventia para que isso torne-se realidade.


Créditos da foto: Marco Dillenburg


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